Você sabe, com segurança, usar por que, por quê, porque e porquê?
Essas expressões costumam causar confusão e até perplexidade, não é sem razão: são pronunciadas da mesma forma, dependendo da entonação, mas as grafias são quatro!Por que (separado, sem acento) – Em perguntas diretas ou indiretas, no início ou meio de frases. Neste caso, sempre cabe a palavra motivo. Exemplo: Por que (motivo) trabalhas tanto? É a preposição por acompanhada do pronome interrogativo que.
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Há construções que sempre causam dúvida. Estas são das tais. |
Por quê (separado, com acento) – Perguntas diretas ou indiretas sempre no final de frase; também se trata do pronome interrogativo que precedido da preposição por, é possível subentender a palavra motivo. Exemplos: Trabalhas tanto por quê (motivo)? Saíste daqui e nunca me disseste por quê?
Porque (junto, sem acento) – Respostas no início ou meio de frase: Trabalho porque preciso. Porque conheço você, não acredito nessa história.
– Pergunta-resposta: Não trabalhaste porque estavas doente? Ela não confia mais em mim; será que é porque menti para ela?
– No lugar de para que (indicando finalidade): Chegue mais perto porque (para que) todos possam vê-lo melhor. [Um pouco antiga esta forma.]
Porquê (junto, com acento) – Trata-se de substantivo. Neste caso, vem sempre determinado (pelo artigo): Não entendi o porquê da sua dúvida. Tanto porquê me deixa confuso.
A resposta fica reticente (incompleta): Cheguei atrasado porquê… ora, não sei.